segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Casa Velha...Depois I

...Depois de vos ter contado a história de uma casa muita velha aqui, continuo a história com recantos, daquela que agora é, uma casa onde em cada parede existe amor...

O Hall;

Era uma vez, um quarto interior, pequeno, muito pequenino, onde apenas haviam duas camas de corpo e uma mesa-de-cabeceira entre elas.

Era nesse pequeno quarto, que dormiam os netos do Sr. Velhinho quando por lá passavam férias, onde brincavam, onde adormeciam com o som dos ratos e de mais animais que pelo sótão se passeavam, mas também, de onde têm boas recordações dos tempos de criança.

Foram esses mesmos netos, que depois de crescidos, meteram mãos à obra e que do espaço onde em outros tempos dormiram, fizeram este espaço que une toda a casa entre si…


No recanto que fica por baixo da escada, podem ver a máquina de costura que pertencia à mulher do Sr. Velhinho, e que costurou para toda a família durante anos, fossem simples bainhas de calças ou vestidos para a neta, ou até mesmo maravilhosos trabalhos de patchwork, como agora se chamam, mas nos tempos em que a Sr.ª os fazia, eram simples almofadas, colchas ou sacos de pão, feitos de retalhos.
Como aquela que está em cima da banqueta que está por baixo da escada, mas que não se vê bem.
A janela pequena que se vê por trás da escada de ferro, é a da cozinha.


Um nicho com uma Nossa de Fátima feita à mão e em madeira.
A Nossa Senhora de Fátima, não podia faltar nesta casa.


Este, é o pátio interior.
Onde em tempos existia mais um quarto interior, o quarto do filho e da nora do Sr. Velhinho, esta foi uma forma de trazer luz à casa.
A grande janela que se vê, é a do quarto do neto do Sr. Velhinho, onde era sala e casa de jantar da velha casa. 
É para este pequeno pátio, que também dá a pequena janela da cozinha. (1ª foto)


Em frente à escada, está esta antiga mesa de cozinha à espera de ser restaurada.
Tal como quase todos os móveis desta casa, esta mesa também faz parte da história da família, ou não tivesse esta mesa sido a mesa de partos, onde nasceu o filho do Sr. Velhinho, é verdade, foi nesta mesa que a Sr.ª, esposa do Sr. Velhinho, deu à Luz o seu filho, hoje com 69 anos, por isso, esta mesa tem no mínimo essa "idade" e a pedra, ainda é a original.

As flores de papel que se vêm no centro de mesa, são flores das festas da terra, que todos os anos vão sendo substituídas, por flores novas, no dia a seguir ao fim das festas.

E pronto, esta é só uma parte daquela que em tempos foi uma casa velha, muito velha que chegou mesmo a estar em risco de ruir, mas que agora, é o recanto de lazer de uma maravilhosa família!

Em breve, mostrarei mais...

12 comentários:

  1. Nota-se o carinho e dedicação em cada recanto da casa :)

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  2. Que história linda! E que casa encantadora.

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  3. Olá João,
    Só ontem dps da foto de Ferreira do Zêzere é que vim reler os posts sobre a "casa velha" com "olhos de ler".E claro que não pude deixar de achar toda a história da recuperação um ato de bravura e de amor.
    A máquina em baixo da escada e esta mesa da cozinha, são encantadoras!
    Quantos moveis carregados de memórias! bjs

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    1. Olá minha querida,

      Pode-se mesmo dizer que é uma história de bravura, pois nem imaginas quantos fins de semana a sair de Lisboa à 6ª feira à noite e regressar no domingo à noite, a família necessitou para fazer esta obra.
      Posso ainda dizer-te, que foi "graças" ao esforço feito nesta obra, que a meio de mais um fim de semana de sacrifício, o meu pai teve um enfarte. Mesmo assim, esta obra nessa altura só parou 2 fins de semana, porque passado esse tempo, eu o maridão e mano, voltamos à carga.

      A reabilitação teve sangue, muito, muito suor e lágrimas também!!!

      Mas o amor que temos por este recanto e o respeito e orgulho que temos pelo nosso passado, falou mais alto.

      De memórias está toda a casa carregada, cada canto, conta uma história diferente.

      Tenho um ENORME orgulho nesta casa e na minha família!!!

      Bjs minha linda,
      MJ

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  4. Só ontem depois da foto sobre Ferreira do Zêzere é que reli os posts sobre a "csa velha" com "olhos de ler". A história da recuperação é toda ela um ato de bravura e de amor. A máquina da avó em baixo da escada e a mesa da cozinha são apenas duas peças (entre outras) fabulosas e carregadas de memórias. Bjs

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Obrigada pela visita.